Programa

19.01

Das 12.30h às 17.00h

Com Cheirinho !

A Macaréu recebe mais uma sessão de Com Cheirinho!

Pretendemos com este evento oferecer à comunidade de Tango no Porto uma nova experiência aliando uma boa refeição, o tango e o convívio entre os participantes, num ambiente que acreditamos ser descontraído e acolhedor.
Assim teremos um brunch com Cheirinho de Tango ou uma milonga com Cheirinho de Brunch!!!
Acreditamos que o facto de ser Com Cheirinho configura um valor acrescentado face a cada uma das experiências individuais. Ainda assim, se apenas quiseres experienciar uma das modalidades, tal também será possível.
Garantimos opções vegetarianas e glúten free…
Brunch e Milonga (Com Cheirinho) – 15 Tangos
Apenas Brunch – 12,5 Tangos
Apenas Milonga – 4 Tangos
Para conseguirmos que desfrutes ao máximo da nossa proposta, e para que possamos garantir um bom serviço, agradecemos que nos comuniques a tua intenção de participar, por forma a garantir que há comida suficiente para todos.
Para fazeres a tua reserva, por favor contacta:
Marta Moreira – martasgmoreira@gmail.com
Patrícia Santos – patmariasantos@gmail.com
Esperamos por ti!

18.01

Às 18.00h

Ciclo de conversas organizado pela Rede para o Decrescimento

CONVERSAS DECRESCENTISTAS

(organizadas pela Rede para o Decrescimento)

O que é o decrescimento? Esta é a interrogação fundamental em todas as Conversas. A ela vem reunir-se outra pergunta, variando esta de mês a mês, mais específica ou mais orientada: todos os meses teremos um tema diferente e convidados oriundos de outros movimentos ou horizontes, para trocarmos ideias de modo aberto e criativo. Como podemos contribuir, numa perspectiva decrescentista, para a superação dos desafios actuais, na nossa vida, na região ou no planeta?

Venham conversar. Após a tertúlia, haverá um convívio com música, comes e bebes, para começar bem a noite de sábado.

18 JANEIRO | ECONOMIA: A FALÁCIA DO CRESCIMENTO

A economia tornou-se uma abstração. Ensinou-nos a quantificar tudo o que fazemos e conhecemos. Na raiz do decrescimento está a crítica a esse reino da quantidade. Na nossa primeira conversa, regressamos aos valores do tempo vivido e das coisas concretas.

O crescimento constante é um imperativo do sistema financeiro, onde bancos e Estado criam dinheiro que tudo compra através de dívidas e inflação. Contudo, este sistema chegou a um limite metabólico, a natureza não consegue repor os recursos no ritmo de seu consumo. As dívidas tornam-se impagáveis. A privatização ou estatização incessante dos comuns impossibilita a sobrevivência fora do mercado laboral e do salariado. A desregulação e a austeridade removem todas as seguranças e, mesmo nos países de capitalismo avançado, diminui a qualidade de vida das pessoas.

Numa perspetiva decrescentista, é preciso repensar a prosperidade dissociada do crescimento económico e os objetivos sociais da produção e da distribuição do produto do trabalho. Nesta sessão, conversaremos sobre novas e antigas ideias relativas à desmercantilização do trabalho, a reapropriação social do dinheiro/valor e a necessidade de se abandonar o PIB como medida da qualidade de vida.

17.01

Às 21.00h

Concerto dos Divergent Fractals

Livre. Liberdade. Improvisação.

Desde o início de 2018, Johny Murata (guitarra) e Sérgio Vieira (bateria) trilham juntos o caminho da livre improvisação.

Com traços das mais distintas influências (como free jazz, avant-garde, música erudita contemporânea, fusion e música brasileira) em sua abordagem, o duo com característica peculiar apresenta um concerto totalmente improvisado e exploratório, da mesma forma como gravou Rough Ground, primeiro disco lançado em Dezembro de 2019.

Divergent Fractals é um projeto de criação e exploração de atmosferas sonoras em tempo real, improvisados por dois músicos que só buscam a liberdade. 

11.01

Às 21.00h

Concerto dos Overland Trio

Após o lançamento de “Demo Tape”, o Overland Trio está na estrada para apresentar o culminar dos primeiros 8 meses de trabalho, em que a experimentação sonora livre de preocupações de rotulação estética foi vector de pesquisa. O resultado é uma simbiose das diferentes experiências individuais numa fusão estilística e minimal

Formado por David Marques na guitarra, Paulo Ferreira nos sintetizadores/teclados e Nuno Borges no saxofone, o Overland Trio viaja em torno de improvisações sobre temas simples, explorando os instrumentos e planícies electrónicas na criação de uma banda sonora imaginária.

As in uencias do jazz, trip hop, minimal electronica e a guitarra clássica do surf rock, encontram um ponto de encontro e articulam-se em segmentos musicais que exploram os sons dos instrumentos, ritmos intrincados e gradações de densidade que se materializam em performances experimentáis e sónicas.

overlandtrio@gmail.co

David 966 964 59

Nuno 969 013 77

Paulo 916 311 266

10.01

Às 21.00h

Conversa com Dr. Tomás Sopas Bandeira a propósito do seu livro Zahra (Edições Afrontamento)

Prefácio do livro “Zahra”, de autoria do Dr. Tomás Sopas Bandeira

O livro “Zahra”, ora publicado pelo meu colega Dr. Tomás Sopas Bandeira, tem sempre em filigrana, a nossa indiferença perante o sofrimento, angústia e desespero do povo saharaui, aqui representado na vivência quotidiana de Zahra, encurralado há décadas num cantinho a sudoeste da Argélia, junto a Tindouf, uma das zonas mais tórridas do nosso planeta.

São mais de trezentos mil seres humanos exilados à força do seu país que, perante o cinismo, a cobardia e a aparente impotência da “Lei Internacional”, gerida pelo primado da força e da corrupção, tentam sobreviver à custa de ajudas de organizações não-governamentais, de algumas agências das Nações Unidas e da Boa Vontade da Argélia que os acolheu, mas sobretudo graças a uma resiliência e a uma vontade férrea de sobrevivência.

Visitei em 1996 a zona que serve de cenário à vida da jovem Zahra que incarna, neste romance histórico e real, toda a dor e esperança de um povo que, com imensa dignidade, tenta não se deixar apagar do mapa-mundo.

Zahra é a nossa Mãe, a nossa Mulher, a nossa Filha que, na bela e profunda escrita do meu jovem colega que, como eu, também esteve e conviveu com o povo saharaui nas suas wilayas, vilas, junto a Tindouf, resiste, se interpela, nos interpela sobre o drama coletivo do seu povo que permanentemente perpassa na sua vida pessoal e da sua família, sobretudo do seu filho recém-nascido, sim porque nesse oásis-inferno também a vida teima em brotar ainda novos amanhãs, novos sonhos… Filho esse que é por Zahra, ao fim e ao cabo, o reportório do amanhã possível, sombrio ou luminoso, de todo o seu povo!

Este livro é magnífico pela sua história, pelo seu enredo engaiolado num exílio desértico, pelas reflexões comoventes, revoltadas, amorosas e sempre esperançosas de uma magnífica Mulher, Zahra, pela qual, como ser humano e leitor desde já me apaixonei pela dor, angústia e medo que ela carrega na sua pesadíssima canga, mesmo sem um futuro risonho em perspetiva.

Para interiorizar a essência representada por Zahra, tão magistralmente transmitida pela escrita profunda e interpretativa do meu amigo e colega, é preciso ir a Tindouf.

Tindouf e Zahra são murros no estômago de todos nós, dados por punhos de resiliência, de amor, de ternura, de angústia, de medo existentes sob um céu magnificamente estrelado, sob um sol abrasador e tempestades de areia sufocantes tal como a História de Zahra, da sua família, do seu povo heroico e esquecido.

Eu fui a Tindouf e fiquei marcado para sempre! Sim, eu estive em Tindouf e nunca mais esqueci!

Obrigado Amigo e Colega Dr. Tomás Sopas Bandeira por me ter dado a felicidade de ser prefaciador deste seu belo livro. O Futuro da Humanidade, a sobrevivência da Humanidade também está na alma, na poesia e no coração de todas as Zahras que choram mas não desistem.

Prof. Doutor Fernando de La Vieter Nobre

Fundador e Presidente da Fundação AMI

Professor Catedrático convidado da

Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

2.01

Às 21.00h

Fazer a Cidade – encerramento da exposição de fotografias do Porto de 1925, da colecção particular de César Romão, com Isabel Andrade Silva.

A cidade faz-se e (re)faz-se constantemente e suspensas em memorações ficam outras cidades… O fervilhar dos habitantes que gravitavam à volta de fontes, portas de muralha, ruas estreitas e travessas desapareceu mas mantém-se na geometria da cidade. Assim o que faz a cidade, o que se desenha e emerge na urbe são ecos das usanças e práticas dos que a habitaram.

Isabel Andrade Silva